The Walking Dead: quando os mortos batem à porta.

Primeiramente, quero dizer que só comecei a assistir a série pela insistência de amigos meus, alegando que ela era muito boa. Como esse tais amigos eram pessoas que eu tinha quase os mesmos gostos, confiei neles. Não sei se poderia agradecer pela indicação, mas também não posso dizer que eles estão loucos por gostarem desse seriado. Bom, vamos a minha avaliação pessoal.

Gleen e Daryl. Ele é coreano, não japonês!

Como todos (ou a maioria) já sabem, mesmo não assistindo a série, The Walking Dead se trata de um seriado sobre zumbis (ou errantes, ou mordedores, mortos-vivos ou como você quiser chamar) – mais especificadamente um apocalipse. Rick, o personagem principal, é um policial com estilo de bom moço que em um belo dia de sol acaba sendo baleado numa missão e acaba no hospital. Não sei quanto tempo depois, ele acorda e BOOOOM! Look! Doomsday! Ele não sabe muito sobre a situação, e parece que ninguém da série sabe o que é Resident Evil ou Left 4 Dead, mas enfim. Rick sai em busca de sua mulher Lori e seu filho, Carl. Não estou aqui para dar spoilers.O engraçado da série (ou não tão engraçado assim) é que parece que ninguém se incomoda com o fato de não tomar banho durante dias. Provavelmente eles tomam e só não mostram, mas mesmo assim acho que isso acaba prejudicando um pouco a série e fazendo-a perder seu mínimo aspectro realista. Além disso, magicamente ninguém vai ao banheiro também. E se ele forem, é mágico como eles nunca são atacados enquanto fazem suas necessidades (a não ser em um episódio da primeira temporada).

"Olhe como somos badass e como todos os que assistem querem matar metade de nós", disse a Lori.

The Walking Dead é baseada em um HQ publicada nos Estados Unidos pela Image Comics a partir de 2003. A história foi criada e escrita por Robert Kirkman e o desenhista Tony Moore, substituído por Charlie Adlard a partir da edição número 7. Atualmente, a série está na sua 3ª temporada completa e uma quarta temporada prevista para outubro de 2013. Não posso dizer que não gosto da série, mas também não posso dizer que é uma das minhas favoritas. No começo, é tudo muito bom, é tudo muito legal, tiros por todo lado e luta contra zumbis. Por ventura, Rick acaba encontrando um grupo onde estão sua mulher e seu filho. Obviamente, muito sangue e muitas mortes rolam no seriado, já que basicamente foi pra isso que ele foi feito.

Na primeira temporada, está tudo bem, tirando algumas discussões/brigas entre os próprios integrantes do grupo e é aí que você começa a pegar ódio de alguns personagens. No meu caso, este personagem foi a Lori, porque venhamos e convenhamos, mesmo tendo acontecido tudo aquilo, ela não deveria ter feito o que fez. Sim, estou tentando poupar as pessoas de spoilers, então falaremos em código por aqui. Então, voltando ao assunto, é daí que você começa a cultivar esse ódio incubado por alguns personagens do grupo.  Confesso que adoro a trilha sonora da série, que apesar de ser pouca, faz o seu trabalho direito. E eu também simplesmente a-do-ro a pequena opening que tem no começo de cada episódio. As cenas aleatórias que rolam durante a mesma te faz querer saber como eles chegarão naquele lugar e o que acontecerá lá. O efeito também dá um certo clima de tensão e suspense na série. 

OOOOH YEAAAH. Ok, parei.

Terminada a primeira temporada, vamos para a segunda. Na segunda temporada, as coisas ficam tensas. Finalmente, um abrigo descente. Ou pelo menos achamos que ele é. Acho que oito episódios foram gastos para procurar um certo alguém e no final... Sabe aquele ódio que você conseguiu incubar na primeira temporada? Ele simplesmente aflora completamente na segunda temporada. Fico agradecida por quando eu ter começado a assistir The Walking Dead, já terem lançado a terceira temporada, pois na minha opinião, a segunda temporada é a mais chata até o momento. Neste, eles focam nas relações entre os personagens e isso acaba fazendo esse tempinho ficar cansativo e entendiante – porque, com licença, produtores, mas não queremos saber de mimimi, e sim zumbis comendo as pessoas que odiamos. Mesmo assim, essa temporada conseguiu me fazer apaixonar por um personagem: Daryl. E acho que todos sentiram o mesmo que eu, pois muitas pessoas conhecidas minhas que assistem já declararam que, se Daryl morrer, eles param de assistir na hora.

Daryl ♥ Xô, ele é meu.

Sim, sim, caros leitores, Daryl não é o principal – não chega nem perto disso – mas ele provavelmente é o mais amado da série. Não só porque ele é foda e usa uma besta, mas porque ele é um completo caipira que mostra seu lado gentil quando você menos espera. Apesar de, é claro, a maioria também odiar seu irmão, Merle. Como Carol diria: “Quer trepar?”. Também, Carol é outra personagem que vai se aproximando lentamente de você e quando tu percebe se sente decepcionada quando acontece algo com ela. Por quais personagens aprofundei meu ódio nesta temporada? Lori, Andrea e Shane. E, basicamente, apenas continuei a assistir a série porque tinha esperanças de que eles morressem alguma hora.
Continuando e indo para a terceira temporada, WOW. Que grande mudança, não? De toda aquela melação e chatisse da segunda temporada, temos uma chuva de balas e zumbis nesta aqui. E muitas mortes, também. Umas me deixaram extremamente felizes, outras me deixaram decepciona e triste, mas fazer o que? De qualquer modo, alguma hora todos irão morrer. Imagino a surpresa dos fãs quando ficaram desanimados com a segunda temporada e então começaram a assistir a terceira e ficaram extremamente surpresos. Não foi apenas humanos contra zumbis, mas sim humanos contra humanos. Nos faz perceber que, até mesmo num mundo em colapso onde deveríamos nos unir para combater um inimigo em comum, nós continuamos com o pensamento trivial de que “apenas os fortes podem sobreviver” e que é tudo uma questão de sobrevivência. Quanto mais pessoas, mais bocas para alimentar. Porque não basta ser o fim do  mundo e você ter que lutar contra zumbis – você também tem que dormir com um olho aberto para ficar de olho nas pessoas que você não conhece e mesmo assim acolheu. Acredite, nem todos são o que parecem ser. Nem no seriado e nem na vida real.

Daryl de novo, sendo meu. ♥

Anyway, como toda série, The Walking Dead tem seus altos e baixos. Não é uma das minhas séries favoritas, mas também não é uma das piores. Sim, existem séries melhores que tratam do mesmo assunto, mas o que eu poderia dizer sobre esta é que ela não se arrisca a sair do clichê. Talvez porque tenha se baseado num HQ feito em 2003 e tenha que seguí-lo hoje em dia, para o bem dos fãs. Acreditem, eu sei como é bom quando fazem uma série/filme de seu HQ favorito e ele sai como você pensou. Então, acho que minha nota para TWD, de 0 até 10, seria oito. Obviamente, a série tem alguns fatos engraçados, como zumbis se fingirem de mortos (huehuehue the zuera nevers ends) e Carl ter que continuar estudando, mesmo depois do fim do mundo. Tudo bem que isso só dura na primeira temporada, porque depois ele tem que se ocupar com outras coisas. De qualquer modo, estou contente porque todas as pessoas que eu odeio morreram e ao mesmo tempo triste porque agora só sobraram as pessoas legais para morrerem nas próximas temporadas. Btw, eu assisti toda a série neste site. Me arrisco a dizer que vale, sim, a pena assistir este seriado se você quiser passar o tempo. Mas se tu quiser ter novas surpresas sobre zumbis ou abraçar um novo conceito sobre eles, The Walking Dead não é uma boa opção.

And that’s all, folks!